sábado, 16 de abril de 2011

Programa que democratiza acesso ao ensino técnico está pronto para vigorar

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 13, em entrevista coletiva em São Paulo que uma das marcas de governo será o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), conjunto de ações voltado para democratização do acesso à escola técnica.
Ele afirmou que o programa terá várias possibilidades de oferta, com ênfase no ensino técnico público, mas também na formação profissional para o trabalhador e beneficiários de programas de transferência de renda.
“Envolverá várias instituições públicas, bolsas e financiamento, as mesmas soluções clássicas dada ao ensino superior, com são o ProUni [Programa Universidade para Todos], Reuni [expansão das universidades federais], Fies [financiamento ao estudante], Universidade Aberta”, explicou ele. O ministro disse que o programa deve sair depois que a presidenta Dilma Rousseff voltar da China. “Já está em análise econômica. Assim que ela tomar a decisão, já está pronto para anúncio.”
O Pronatec se insere no conjunto de ações do governo federal voltadas para a ampliar a oferta de educação profissionalizante no país. Além de gerar e financiar um milhão de vagas no ensino técnico para estudantes e trabalhadores desempregados, ações já em curso como o Brasil Profissionalizado e a expansão da rede federal de educação profissional serão beneficiadas com o programa.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

MORRE UM PROFESSOR

Recebemos esse lindo texto em Power Point por email, com fundo musical do hino nacional brasileiro.
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
EU ACUSO por Igor Pantuzza Wildmann, Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.
Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova sub-sequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).
A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro. O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada.  A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensinoimperativo de convivência supostamente democrática. No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...
E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.” Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso...  com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente... Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”. Um desses jovens revoltado com suas notas baixas cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.
Ao assassino, corretamente, deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei.  Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público.  A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para  adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições,  freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estarem;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam  analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever,  tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;
EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como NÃO ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não podem aplicar a devida punição.
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores; Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia. Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.
A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima.  Uma eterna vítima.
O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida.
Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós.
Que a sua morte não seja em vão.
É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

terça-feira, 5 de abril de 2011

DESIGUALDADE PARA TODOS

O CQC programa exibido na bandeirantes tem um quadro bem interessante que se chama grupo escolar. Pois bem, ontem eles falaram sobre Racismo e hoje pela internet nós três blogueiras começamos a conversar sobre o tema e concluir que a igualdade dada na Constituição Federal e nas oratórias Brasil a fora, está tão bem acomodada que todos vão deixando como está, ela na verdade não existe. Ora se a igualdade é pra todos pra que cotas?
A escola pública há anos atrás, era a mais disputada, antigamente minha gente quem tinha muito dinheiro estudava nas escolas públicas e quem não tinha também, pois lá naquela época o ensino público era de qualidade, (os próximos capítulos vocês conhecem de có, então vamos dá uma puladinha e contar que) hoje as universidades federais e estaduais, consideradas públicas, (mas não são tão públicas assim) quem tem mais acesso a elas, são os que  "PAGARAM"  (pagar entre parênteses, pois aqui entra os pais que graças a Deus tem muito dinheiro e entra também os pais que fazem malabarismo em suas contas para o filho entrar nas universidades) por um ensino melhor durante a educação básica, já que não encontram na rede pública. As universidades que eram pra está preenchida com alunos que não tem condições de pagar uma faculdade particular e também dá direitos iguais aos que podem, não estão, pois a concorrência é cruel e sem o tal ensino de qualidade fica mais difícil alguém mudar de vida.

Para sanar as feridas, inventaram a tal de cota, simplesmente pra camuflar o problema gritante da qualidade de ensino, eis que chegaram as cotas, para negros e pobres, mais aí perguntamos: Que discriminação é essa? E desde quando todo negro é pobre? E porque todo negro tem que ser pobre? hummmmmmm. Tem coisa errada aí. Não é direito de todos a educação básica e superior?
Aí como não dá pra entrar na universidade federal e estadual, não dá pra fazer um cursinho pra ajudar a passar, muitos que ainda conseguem fazer malabarismos, acordam cedo, muito cedo, passam o dia trabalhando, pega o ônibus cheio e a noite, com fome, suados e cansado, vão pras universidades e faculdades particulares, como? e não é que tem mais uma camuflagem, sim!!!! FIEIS, tantos íeis e outros programas de crédito que ajudam o estudante a pagar a faculdade e depois tem um prazo (cuidado o juros menino!) pra pagar essa quantia ao banco. Como podemos assim melhorar a qualidade de vida?

Espera achamos que tem alguma coisa errada e vocês, também não notaram nada?
As soluções é na raiz do problema, não ficar remendando buracos, pois depois "vem à chuva forte e a derrubou. Chuá, chuá".

Vejam o vídeo:

domingo, 3 de abril de 2011

A CULPA É SUA EDUCADOR!!!

Ficamos maravilhadas ao ver semana passada o filme Verônica, professora da rede municipal, além de mostrar a realidade do Brasil, o comportamento das crianças, a impunidade e o funcionamento da escola mostra que de 2008 (ano de lançamento do filme) pra 2011 nada mudou. Mas o mais interessante foi a mensagem que guardamos ao assistir o filme. No final do filme que não vamos contar, pois é uma ótima indicação pra quem ainda não assistiu, a professora Verônica fala que ela prefere correr qualquer risco para salvar uma vida, achamos que ao longo desse tempo, muitos profissionais esqueceram isso quando se formaram.

Todos sabem das dificuldades que passamos ao longo do tempo e que todos os fatos históricos só revelam as escolhas erradas que fizemos. Salvar uma vida é o que precisamos ter em mente ao entrar na sala de aula - os professores, na sala de coordenação - os pedagogos, na sala da direção - os diretores, no pátio - os inspetores, na copa - as merendeiras, em casa - os pais...

Muitos dizem que não trabalham como deveriam porque o salário é baixo, outros reclamam que não dá pra ensinar com a precariedade da escola, quando não é a evasão dos alunos, são dos professores, a culpa é do governo, é da política, é da sociedade, é das drogas, é da marginalidade.

NÃO, A CULPA É SUA EDUCADOR!!!

Se você escolheu essa área, você já sabia de tudo isso e cremos que quando se decidiu por essa carreira, você pensava em mudar o cenário, em fazer a diferença, em dá orgulho pra professora que você tanto admirava. Que foi? Cansou? A prática é diferente da teoria da faculdade?

Mês passado, um aluno de letras que também queria mudar as pessoas através da educação, foi vítima da marginalidade e quem eram essas pessoas que assassinaram aquele rapaz?
Pode ter sido o seu aluno, pode ter sido o aluno que não tinha mais jeito, que os pais não cuidaram e que você disse ser um caso perdido. Se você pensar bem, nós também somos culpados, das pessoas que colocamos na rua, somos culpados nas estatísticas apresentadas, simplesmente porque com o que tínhamos nas mãos, não fizemos o possível e o impossível pra salvar mais um aluno, mais uma família...

O mundo está carente de educação, mas não só há que se aprende nos livros, a que se aprende com a vida, com amor, lembramos agora de professores que deram sentidos em nossas vidas. Aqueles que chamamos de tias, que fazíamos cartinhas e canções.

E por todos eles que passaram por nossas vidas, nosso muito obrigada!!!
 E vocês? O que farão?
Ahhhh não acreditamos que vão ficar esperando as coisas mudarem.

Paciência, pois nosso  caminho é outro, nosso caminho é salvar vidas.

Informações TécnicasTítulo Original:  Verônica
País de Origem:  Brasil
Gênero:  Ação
Classificação etária: 12 anos
Tempo de Duração: 87 minutos
Ano de Lançamento:  2008
Estréia no Brasil: 06/02/2009
Site Oficial:  http://www.veronicaofilme.com.br
Estúdio/Distrib.:  Europa Filmes
Direção: 
Maurício Farias