segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

AUTONOMIA COMO OBJETIVO NA EDUCAÇÃO


Sabemos que o princípio da autonomia é um dos aspectos importantes para a construção da moralidade infantil que, por sua vez, mantém uma relação estreita com o desenvolvimento intelectual da criança. De acordo com Piaget (1999), o sujeito é um ser ativo na construção das normas que regem sua conduta. Aliada a construção individual no dessas regras, não se pode esquecer que o contexto (família, identidade infantil, amigos etc.) da criança também exerce um papel decisivo. A partir da sua convivência cotidiana com os adultos e seus pares surgem situações interessantes que possibilitam a ação e desta ação a construção de valores morais e sociais.
Esses valores são os fundamentos das regras de convivência e constituem os parâmetros que a criança utiliza para guiar suas ações e escolhas. A criança autônoma não é a criança obediente às regras impostas, mas aquela que procura coordenar os seus atos buscando ter o outro (amigo ou professor) como um parceiro desejável.
Piaget (1999) indica-nos três conceitos fundamentais para a construção da moralidade infantil: anomia, heteronomia e autonomia. A anomia (0 a 5 anos, aproximadamente) é a ausência total de regras. A criança nessa fase não sabe o que deve ou não ser feito e não compreende as regras do seu contexto social. Após essa fase, a criança começa a perceber a si mesma e aos outros, além de começar a entender que alguns de seus atos podem ou não ser realizados. Aqui, ela já ingressa no universo da moralidade ou das regras, tornando-se heterônoma e submetendo-se àquelas pessoas que detêm o poder. A heteronomia indica que a criança já sabe que há coisas certas e erradas, mas são os adultos que as definem, isto é, as regras emanam dos mais velhos. A criança heterônoma é governada pelos outros e considera que o certo é obedecer às ordens das pessoas que são autoridade (os pais, professor ou outro adulto qualquer que respeite). Com o passar do tempo e das suas interações com o meio, inicia-se o caminhar da autonomia no qual ela passa a obedecer a regras construídas internamente e que servem como referência para suas escolhas e ações. Em outras palavras, a moral torna-se autônoma. A moral autônoma indica que a criança segue regras morais próprias que a obrigam a considerar os outros e a si mesma.
Considerar esses fundamentos teóricos da construção da moralidade infantil tendo em vista o princípio da autonomia indica aos educadores que a criação e o planejamento de um ambiente sociomoral positivo e acolhedor deve constituir uma prática intencional. Portanto, é preciso muito mais que boas intenções, já que criar e aproveitar as situações de cuidado e educação no cotidiano requer superar o desejo de que as crianças sejam “bem comportadas”, tranquilas, submissas, passivas e obedientes em todos os aspectos, tanto nos relacionados à autonomia e à iniciativa, quanto ao pensamento reflexivo (DE VRIES; ZAN, 1998).
Em sua pesquisa Ana Paula Salvador Werri[1] [*]
e Adriano Rodrigues Ruiz "Somos submetidos a uma educação que nos tornar seres passivos diante dos acontecimentos e submissos a qualquer um que se imponha e mostre poder sobre nós. Temos idéias e condutas uniformes, como nos fala Rubem Alves:
Educação é isto: o processo pelo qual os nossos corpos vão ficando iguais às palavras que nos ensinam. Eu não sou eu: eu sou as palavras que os outros plantaram em mim. Como disse Fernando Pessoa: ‘Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim’."
Autonomia é importante para o desenvolvimento e apredizagem da criança. Ela proporciona para a criança a capacidade de executar suas atividades cotidianas seguindo suas próprias orientações. Nós como educadores facilitamos e mediamos esse processo, preparando nossos alunos para que eles saibam decidir e saibam o porque de estarem realizanos essas atividades.
 Devemos possibilitar essa interação que muito tem haver com a nossa afetividade (assunto já postado anteriomente, consulte nosso arquivo) e o ambiente que preparamos em sala de aula pra que o aluno sinta-se estimulado e conquiste sua autonomia.
Sabemos que o princípio da autonomia é um dos aspectos importantes para a construção da moralidade infantil que, por sua vez, mantém uma relação estreita com o desenvolvimento intelectual da criança. De acordo com Piaget (1999), o sujeito é um ser ativo na construção das normas que regem sua conduta. Aliada a construção individual no dessas regras, não se pode esquecer que o contexto (família, identidade infantil, amigos etc.) da criança também exerce um papel decisivo. A partir da sua convivência cotidiana com os adultos e seus pares surgem situações interessantes que possibilitam a ação e desta ação a construção de valores morais e sociais.
Esses valores são os fundamentos das regras de convivência e constituem os parâmetros que a criança utiliza para guiar suas ações e escolhas. A criança autônoma não é a criança obediente às regras impostas, mas aquela que procura coordenar os seus atos buscando ter o outro (amigo ou professor) como um parceiro desejável.
Piaget (1999) indica-nos três conceitos fundamentais para a construção da moralidade infantil: anomia, heteronomia e autonomia. A anomia (0 a 5 anos, aproximadamente) é a ausência total de regras. A criança nessa fase não sabe o que deve ou não ser feito e não compreende as regras do seu contexto social. Após essa fase, a criança começa a perceber a si mesma e aos outros, além de começar a entender que alguns de seus atos podem ou não ser realizados. Aqui, ela já ingressa no universo da moralidade ou das regras, tornando-se heterônoma e submetendo-se àquelas pessoas que detêm o poder. A heteronomia indica que a criança já sabe que há coisas certas e erradas, mas são os adultos que as definem, isto é, as regras emanam dos mais velhos. A criança heterônoma é governada pelos outros e considera que o certo é obedecer às ordens das pessoas que são autoridade (os pais, professor ou outro adulto qualquer que respeite). Com o passar do tempo e das suas interações com o meio, inicia-se o caminhar da autonomia no qual ela passa a obedecer a regras construídas internamente e que servem como referência para suas escolhas e ações. Em outras palavras, a moral torna-se autônoma. A moral autônoma indica que a criança segue regras morais próprias que a obrigam a considerar os outros e a si mesma.
Considerar esses fundamentos teóricos da construção da moralidade infantil tendo em vista o princípio da autonomia indica aos educadores que a criação e o planejamento de um ambiente sociomoral positivo e acolhedor deve constituir uma prática intencional. Portanto, é preciso muito mais que boas intenções, já que criar e aproveitar as situações de cuidado e educação no cotidiano requer superar o desejo de que as crianças sejam “bem comportadas”, tranquilas, submissas, passivas e obedientes em todos os aspectos, tanto nos relacionados à autonomia e à iniciativa, quanto ao pensamento reflexivo (DE VRIES; ZAN, 1998).
 Referências Bibliográficas:

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