quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AS DIVERSAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Fernanda Souza, Patrícia Silva, Jumelice Brandão (estudantes de Pedagogia pela Unopar)



EDUCAÇÃO
JESUÍTICA
NOVA
NO PERÍODO DO REGIME MILITAR
NO PERÍODO DA REDEMOCRATIZAÇÃO














CARACTE-RÍSTICAS
Educação formal dada pelos Jesuítas (Companhia de Jesus por Inácio Loyola) tinha como objetivo catequizar os índios, propagar a fé e fazê-los trabalhar coletivamente. Todas as escolas jesuíticas eram regulamentadas por documento de Loyola, a Ratio Studiorum.
Entrada do modo de produção capitalista impulsionou a criação de um sistema nacional de educação com Ministério e Secretárias de Estados.
Professores se manifestam para acabar com o analfabetismo, mas com o golpe militar de 1964, muitos foram perseguidos, despedidos, calados e exilados.
Movimentos e projetos dão origem a uma nova teoria, contra o analfabetismo, evasão, repetência, dando origem à pedagogia histórico-crítica, feita por filósofos e pedagogos, destaca-se Dermeval Saviani.
A escola era organizada por seus espaços, com horários, orações e atividades. Os missionários incentivavam aos índios guarani o aprendizado nas áreas, administrativas e artísticas, intelectuais como: tipografia escultura, pintura, tecelagem metalurgia, música e canto.
Reforma cujos decretos dão apoio e organizam a educação secundária e universitária existente.

O Regime Militar afirmava que estudante não podia fazer baderna, apenas estudar. Por esse motivo a União Nacional dos Estudantes não pode mais funcionar.
Essa teoria moldada pela sociedade capitalista torna o conhecimento para o homem um agente transformador em que a educação e a escola devem dá apoio e ferramentas para o aluno se socializar politicamente na sociedade, bem como que esse aluno volte a participar de todas as etapas da educação e sua transformação.
O Direito Pombalino marca a expulsão dos Jesuítas a educação voltada para o êxito da política. Os índios e negros são explorados para servir aos nobres.
A educação torna-se direito de todos dada pelos pais e pelo poder público, com ensino gratuito e o governo federal passa a assumir o controle, supervisão, fiscalização, cumprimento de normas e diretrizes.
Com as eleições indiretas, os militares deixam o governo e é implantada a escola em três graus de ensino, o vestibular e a busca pela formação e profissionalização na formação tecnicista. O Mobral é extinto por causa da corrupção.
A história de vida, de sociedade, deve ser trabalhada pelo professor, que deve passar para o educando muito mais do que informação, tornando o aluno reflexivo e produtor do capital a serviço da máquina e tecnologia.


EDUCAÇÃO JESUÍTICA E UM OLHAR PARA EDUCAÇÃO ATUAL

Não se consegue falar do Brasil colônia sem falar da Companhia de Jesus (fundada por Inácio de Loyola) e das missões realizadas pelos Padres Jesuítas, que queriam converter os índios e também protegê-los, já que os colonos queriam escravizá-los. Sua formação era totalmente voltada ao cristianismo e era através do batismo que mudavam suas vidas, tendo em vista o sucesso do cristianismo e daí a catequese.
A educação era formal aos indígenas seguindo o modelo europeu. Os missionários incentivavam os índios com a formação de hábitos, qualificação profissional e o aprendizado da doutrina religiosa. Os Jesuítas comparavam os índios adultos com crianças, que precisavam aprender tudo, já que eles eram considerados rudes e promíscuos. Já os índios em sua fase normal de infância eram considerados anjos que seriam transformadores e promissores na fé.
Os meninos eram recompensados ou castigados, quando questionados pelo que haviam aprendido. As meninas aprendiam apenas a ler e a escrever e os demais ensinos eram voltados aos cuidados do lar. Havia o aproveitamento de talento e o bem comum.
A escola destinada à alfabetização, assim como o espaço das aldeias era organizada, com salas de aula, refeitório e cozinha. O espaço continha pomar e horta, onde os mesmos aprendiam práticas agrícolas.
A educação formal era pouco explorada, não sendo instaladas escolas regulares. A escola se limitou ao básico de aritmética e a alfabetização era passada apenas a elite, pela escassez de missionários e por ser a própria elite quem financiava esse ensino, que era composta por filhos de cacique, sacristãos e magistrados. Muitas crianças eram educadas em casa. Na escola, aprendiam a ler, escrever, contar, cantar e dançar, além de sua língua materna, estudavam o espanhol e o latim.
Com o direito do Marquês de Pombal,  a Companhia de Jesus é expulsa e tudo muda na educação que é voltada para ajudar e servir a política. Meninos são separados das meninas, ficando até as onze horas na escola, aprendendo e tendo que falar o português para não serem castigados. As meninas ainda têm educação voltada para o lar. O governo tira todo o aproveitamento para a colônia, aumentando o número de tarefas. Surgindo assim à necessidade da leitura e da escrita. A educação que era dada em casa, passa a ser dada na escola, mas muitos professores ainda estavam se formando e ainda estão imaturos e leigos. O dia 15/10/1764 marca o dia do professor, através do decreto pombalino, quando surge o ensino público financiado pelo e para o governo.
Os surgimentos de várias igrejas separam os valores morais da sociedade dividindo o cristianismo do protestantismo, mas muitos se mantêm fiéis as doutrinas religiosas da Companhia de Jesus.
O que se pode concluir é que as mudanças daí por diante teve um papel significativo para a direção da educação nos tempos atuais e surge a pergunta: se a educação permanecesse sob domínio dos Jesuítas, haveria os problemas que temos hoje?
Pois até os dias atuais temos uma educação voltada para os interesses e benefício do governo. Sim, houve uma mudança significativa da educação que passa a ser dada na escola, mas hoje, os melhores materiais, ferramentas e espaço continuam sendo desfrutados pela elite.
Muito do que foi passado pelos Jesuítas permanece até hoje, como a divisão de espaços na escola, a educação religiosa, o trabalho coletivo, os bons hábitos, o uso de uniformes, o respeito e a oração antes da aula.
Os educadores que acreditam que a educação é transformadora, trabalham e lutam para que se faça valer o que está escrito na Constituição e nas leis de diretrizes e base. Trabalhos esses, muitas vezes apresentados pelo governo, como projetos de integração, formação e educação, mas executados e continuados pelos pais, voluntários e professores.
Até hoje se cultua em todo o mundo a educação jesuítica, voltada a valores de ética e do bom convívio em sociedade, relacionadas à fé, ao amor, ao respeito e solidariedade, valores  esses que para muitos até hoje são respeitados e seguidos.
Cabe a nós, futuros educadores, ter amor, coragem e vontade de trabalhar em prol da educação continuada e igual em seu real significado para todos, fazendo com que os alunos sejam transformadores e evolutivos da sociedade, do ambiente e de si próprio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • Jesus, ADRIANA Regina de, Processo Educativo no Contexto Histórico, São Paulo, Pearson Educatiom do Brasil, 2009.
  • Costa, Vilze Vidotte, Unopar Web Aula: Unidade 1 - Processo Educativo no Contexto Histórico. Disponível em: Processo Educativo no Contexto Histórico Textos Web Aula Disponível. Disponível em: dPS://www.unoparvirtual.com.br – Área Restrita, Acesso em: 16 de abril de 2010.
  •  Slides em pdf e tele aulas via satélite ministradas pela Professora Vilze Vidotte Costa
  • Figura 1 – Obra do artista Victor Meirelles representando a Primeira Missa no Brasil dos jesuítas. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Victor_Meirelles04.jpg
  • Figura 3 – adrianoamendola.blogspot.com

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